Descrição do Programa

A Pós-Graduação em Comunicação em Saúde pretende dar resposta às necessidades acrescidas em situação de crise de saúde pública e também às necessidades em situação de rotina, no dia a dia de profissionais que trabalhem na área. Tem como metas a prevenção de riscos, a promoção da saúde e bem-estar dos cidadãos, o incremento da literacia em saúde e a mudança comportamental, fundamentada numa comunicação e intervenção eficaz para e com os cidadãos, baseada na melhor evidência.

Sendo a saúde uma área multi e interdisciplinar, o programa reflete essa diversidade, agregando profissionais das Ciências da Comunicação, das Ciências Psicológicas e do Comportamento e das Ciências da Saúde.

Porquê?

Exemplos atuais como os eventos associados à pandemia por COVID-19 bem como os cada vez mais frequentes e intensos eventos associados às alterações climáticas, mostraram que o papel de comunicar não está apenas nas mãos das instituições e autoridades de saúde mas também nas dos profissionais que estão na “linha da frente” e nas mãos dos cidadãos enquanto agentes de saúde pública.

As instituições têm atualmente responsabilidades acrescidas, como a de partilharem informações claras, compreensíveis e credíveis, com origem em fontes de informação de confiança, que combatam a infodemia de notícias falsas ou incorretas. São estas informações baseadas na evidência, que permitem ao cidadão tomar decisões informadas que promovam a sua saúde e bem estar físico e psicológico e que lhe dão os recursos para ser um “agente de saúde pública”, influenciando  positivamente aqueles que estejam à sua volta.

Para quem?

É essencial potenciar competências em profissionais que estejam ou pretendam estar na primeira linha de contacto com os cidadãos, em diferentes níveis de comunicação: contextos de relação de proximidade e interação diádica com o cidadão (e.g. farmácias comunitárias; unidades e departamentos de saúde pública; centros de saúde; hospitais; centros de tratamento e diagnóstico; consultórios e clínicas; comércio na área da saúde e bem estar); contextos de educação/ação em saúde pública e saúde ocupacional (e.g. escolas, locais de trabalho); contextos organizacionais de entidades públicas/privadas (e.g. DGS-Direção Geral de Saúde, ASAE-Autoridade de Segurança Alimentar e Económica); e noutros contextos de comunicação para e com os cidadãos (e.g. jornalismo, media sociais e comunicação de ciência).

Para quê?

A comunicação em saúde deverá permitir dar as ferramentas que permitam promover conhecimentos, cognições, emoções e capacitar os cidadãos, proporcionando-lhes recursos (e.g. informação sobre riscos e recomendações de saúde), com o objetivo de facilitar decisões informadas e comportamentos recomendados, com impacto positivo na sua saúde e bem-estar e na de outros.

Para isso, devem ser ultrapassadas barreiras à eficácia da comunicação, tais como por exemplo:

1. Uso de conteúdos, formatos e canais de comunicação ineficazes;
2. Não adaptação da comunicação às caraterísticas e motivações da audiência a quem se destina.